domingo, 30 de setembro de 2007

Para ministro neozelandês, países podem concluir Doha

Denise Chrispim Marin
Os Estados Unidos e a União Européia, de um lado, e o Brasil e seus aliados em desenvolvimento, de outro, têm condições de fazer as concessões necessárias para concluir a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. De preferência, antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2008.
Essa mensagem foi expressa ontem pelo ministro do Comércio e da Defesa da Nova Zelândia, Phil Goff, aos principais negociadores do Itamaraty. 'Se não concluirmos a Rodada, vamos prejudicar o sistema multilateral do comércio, diluir seus benefícios e acentuar a desigualdade nesse setor', disse Goff, em entrevista ao Estado.'Espero que o presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) esteja correto e seja possível concluir a Rodada neste ano. Emocionalmente, concordo com ele', completou, referindo-se a uma declaração de Lula, feita na terça-feira, um dia depois de seu encontro com o presidente americano, George W. Bush.Goff argumentou que o sistema multilateral de comércio enfrentará sérios riscos se as negociações forem congeladas até o início da administração do sucessor de Bush, como defendem observadores da Rodada Doha.Para o ministro neozelandês, a barganha entre a agricultura - redução de subsídios domésticos e abertura do mercado nos países desenvolvidos - e a redução de tarifas de importação na área industrial das economias emergentes tem de 'criar novos fluxos de comércio'.Segundo Goff, o sinal dos EUA de que podem aceitar o teto para os subsídios agrícolas entre US$ 13 bilhões e US$ 16,5 bilhões por ano foi 'um bom passo', já que a oferta anterior previa US$ 22 bilhões e o atual limite é de US$ 48 bilhões.

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